ARTIGO: O que de bom acontece quando Britney tem maior liberdade criativa nos seus trabalhos?


Artigo redigido por Tudo Britney / Britney Onyx.


Britney Spears, agora de 36 anos, durante sua carreira praticamente inteira, foi imensamente controlada pelos vínculos de comunicação, assim como pela própria gravadora. Desde adolescente que era 'obrigada' a seguir determinado género, o Bubblegum Pop, sem liberdade para compor, apenas guiada no escuro por Max Martin, produtor que até hoje se destaca porque foi responsável pelos maiores hits dos cantores mainstream. 

Começamos a ver insubordinação quando, durante o período de mudança entre Baby e Oops. Jovem apaixonada, mas censurada pela imposição da ''virgem até casar'', escreveu, como se de um segredo se tratasse, Dear Diary. A música constou em algumas edições do Oops, e finalmente, foi exclusivamente escrita por Britney. Novamente, Britney tenta-se impôr com Overprotected, enfraquece os rumores de virgindade com Slave.  


Contudo, é em In The Zone que vemos o potencial escondido começar a florir. Ela consegue maior liberdade criativa neste álbum, que não tem não muita ou nenhuma presença de Max Martin. Abrange o maior número de estilos, mantendo o material comercial e apelativo. Sem falar das letras, que havia escrevendo desde a metade da Dream Within a Dream Tour, experimentando desde a desilusão amorosa de Justin ''Weakness'', confiando o seu coração a outro desconhecido ''Mystic Man'', ou se libertar sexualmente, ''Touch Of My Hand'', esta escrita ainda sem saber o rumo do álbum. Podemos dizer assim que algumas destas faixas inspiraram o novo álbum, mais maduro, com uma breve inspiração em Erotica, de Madonna, onde Britney se liberta de tabus, abre seu coração mas se deixa divertir, afinal não fosse ela ter seus meros 20 anos.  

Algumas faixas deste trabalho continuam sendo vazadas, e consegue-se perceber a influência de Britney nelas. Afinal, a versão original de ''And Then We Kiss'' e ''Strangest Love'' são prova disso. Estas são duas das melhores unreleaseds da cantora, que depositou suas esperanças nas letras e fabricou hinos. O ITZ acabou por ser um dos mais favoritos dos fãs. 

Original Doll não fica esquecida, não é um mito. Pouco se sabe acerca dele, mas era provável que fosse um álbum revelador e excêntrico, não fossem as faixas terem o nome de ''Mona Lisa'' ou ''Look Who's Talking Now'', e as letras revelarem farsas e casos que mais tarde seriam mencionados de leve no Blackout. 

Blackout foi o primeiro álbum que ela foi DIRETORA EXECUTIVA, para valer. Assim, ela poderia escolher os produtores (escolheu vários com afinidades derivadas do passado, curiosamente alguns de casos amorosos do passado), o material que entraria no CD e a direção deste. Pois então, embora a Jive tentasse 'vetar', ela continua com sua visão criativa, deixando ''Piece of Me'' e ''Gimme More'' no CD, faixas pessoais dirigidas até à impresa tóxica que estaria inventando mentiras para venderem. Este se tornou um dos álbuns mais queridos pelos fãs, inclusive, recebeu uma certificação na Rock & Roll Hall of Fame pelo impacto que teve no mundo Pop. 


Depois temos Circus, onde ela teve menor liberdade comparada ao Blackout, contudo, pode seguir o estilo musical que quis. Max Martin colocou Womanizer e Circus para ''comercializar'', pois as outras faixas seguem outra temática bem diferente de um 'circo': seguem a vida pessoal da Britney. Unusual You fala disso mesmo, por exemplo, o quanto ela se sentiu feliz e emocionada quando viu que podia confiar naquele que conheceu após tantas desilusões.  

No Femme, teve um dedinho de Britney, aliás, correu rumores que ela não foi devidamente creditada por algumas letras que co-escreveu. Vê-se que a direção do projeto também não foi a que Britney idealizava: ela esperava algo mais melódico, como ''Everyday'', algo mais Unusual e Quicksand, presentes no já referido Circus. 

O Britney Jean foi o mais caricato. Estou-me referindo ao facto que, apesar de ter liberdade criativa, poder co-escrever as faixas que foram enviadas para o projecto, Britney não pode estar responsável pela produção do CD, encarregue primeiramente a William Orbit (responsável por vários hits de Madonna, inclusive a bíblia Ray of Light), e depois a will.i.am, pertencente ao Black Eyed Peas. Assim, o álbum, apesar de ''pessoal'', não cumpriu o objetivo de superar os anteriores, e nem de mostrar os melhores vocais de Britney. 

Chegamos ao fim com ''Glory''. Como a própria Britney lhe chama, é um bebê para ela, a sua absoluta idealização está presente no CD, com um estilo contemporâneo, moderno, e revolucionador, sem exagero. Cantando em espanhol e francês, de uma maneira selvagem em ''Liar'' e ''Love Me Down'', e suave em ''Make Me...'' e ''Invitation'', por exemplo. O que podemos concluir destas retrospectivas? 

A Britney se dedica imenso aos seus trabalhos, e ao ser dada a devida liberdade no estúdio, junto das suas velas de baunilha e dos melhores produtores vulgo Danja, ela faz magia. Estamos ansiosos por ver o que ela vai fazer a seguir, se irá ser um B10 ou até, quem sabe, um single bem produzido e com um clipe que compensará o trasntorno de Make Me. 


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